quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Aos meus Amigos

I
Fiz amigos pelo mundo,
Desde crianças, oh Edmundo,
No areal da nossa eterna Munhuana
Com o Vady ao som do Samanguana.
Fiz saudosos e bons companheiros,
O Dinho e Gabito, não eram rafeiros,
Desde o Alto-Maé, nossa escola Primária,
Contemplando, embevecidos, as Coxas da Maria.

II
Tenho amigos para toda vida,
O nosso mais velho (malandro) Boavida,
Outros que num inesperado tropeço,
Se foram. Onésio, de ti não esqueço.
O tempo trouxe outros: o Lino,
Tão fácil no trato e no falar fino,
O maconde baixinho, esse Bartolomeu,
Amigo de todos que não é só meu.

III
Uns com nomes fáceis e outros espinhosos,
O Leovigildo, um deles, mas de modos carinhosos.
Uns mais novos e outros de longa idade,
Quão o de nome de ave, o Perdigão, essa sumidade.
O Tarcílio, o nosso Munguas, sempre jovial,
Que por bandas de Chidenguele tem o seu umbilical.
O meu puto, dócil, mas de nome cortante,
O Espada, com seu estilo único e elegante.

IV
Não me vão condenar pelo esquecimento,
Sei do Jairoce, essa estrela do conhecimento.
Esse amigo macua e hoje eterno laurentino,
Oh Laurindo, nas tuas palavras sempre atino.
 Nas longas e doces noites de sons etílicos,
O Célio desarmado, mas de gestos bélicos.
Sei de muitos outros. Doces e grandes de coração,
Sempre dispostos, incondicionalmente, a dar uma mão.


O Calão, o Anselmo, os Albertos (Magaia e Vombe), o Cuna, esse Custódio, que guarda em boa custódia uma longa amizade, o Titos, o Dúlio, o Nitó, o Paulo Cossa, o amigo Paulino, o Nadito, o Chissano, o Hobjana, o Duvaldo, o Nandinho Baixinho, o Cady-Cady, enfim uma infinita lista de amigos, bons amigos que o tempo soube dar-me e conservar.

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