Minha Negra
Enrolei-me nas
tuas negras madeixas,
O cheiro a
flor, embebedava meus desejos,
E a paixão de
rapaz de outrora despertada.
Encantava-me
abraçar-te na madrugada estrelada,
Sentir o cheiro
de preta, malandra e menina,
Perfumar meu
másculo corpo até a exaustão.
Nos pasmos da
minha longa excitação,
Minha linda
negra, num entrelaçado abraço
Marrabentava os
seus indescritíveis prazeres,
Sobre meu envelhecido
e cansado dorso,
Depois a música
parava e a dança também,
Já bem
distante, sussurrava palavras imperceptíveis.
Nosso leito
inundado de suaves humores e,
As paredes,
essas, inquietas no seu silêncio,
Contemplam o
contorcer mágico dos corpos
Que loquazmente
mudos, vibram ao alumiar da lua.
Depois os
gritos, aflitos, se vão e o som esmorece,
Num
imperceptível e tumular calar. Minha negra.
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