Aos meus Amigos
I
Fiz amigos pelo
mundo,
Desde crianças,
oh Edmundo,
No areal da
nossa eterna Munhuana
Com o Vady ao
som do Samanguana.
Fiz saudosos e
bons companheiros,
O Dinho e
Gabito, não eram rafeiros,
Desde o
Alto-Maé, nossa escola Primária,
Contemplando,
embevecidos, as Coxas da Maria.
II
Tenho amigos
para toda vida,
O nosso mais
velho (malandro) Boavida,
Outros que num
inesperado tropeço,
Se foram.
Onésio, de ti não esqueço.
O tempo trouxe
outros: o Lino,
Tão fácil no
trato e no falar fino,
O maconde
baixinho, esse Bartolomeu,
Amigo de todos
que não é só meu.
III
Uns com nomes
fáceis e outros espinhosos,
O Leovigildo,
um deles, mas de modos carinhosos.
Uns mais novos
e outros de longa idade,
Quão o de nome
de ave, o Perdigão, essa sumidade.
O Tarcílio, o
nosso Munguas, sempre jovial,
Que por bandas
de Chidenguele tem o seu umbilical.
O meu puto, dócil,
mas de nome cortante,
O Espada, com seu
estilo único e elegante.
IV
Não me vão
condenar pelo esquecimento,
Sei do Jairoce,
essa estrela do conhecimento.
Esse amigo
macua e hoje eterno laurentino,
Oh Laurindo,
nas tuas palavras sempre atino.
Nas longas e doces noites de sons etílicos,
O Célio desarmado,
mas de gestos bélicos.
Sei de muitos
outros. Doces e grandes de coração,
Sempre dispostos,
incondicionalmente, a dar uma mão.
O
Calão, o Anselmo, os Albertos (Magaia e Vombe), o Cuna, esse Custódio, que
guarda em boa custódia uma longa amizade, o Titos, o Dúlio, o Nitó, o Paulo
Cossa, o amigo Paulino, o Nadito, o Chissano, o Hobjana, o Duvaldo, o Nandinho
Baixinho, o Cady-Cady, enfim uma infinita lista de amigos, bons amigos que o
tempo soube dar-me e conservar.